FRANCICLÉIA
RAMOS PACHECO
INTRODUÇÃO
Vivemos em um mundo que sofre constantes
transformações, desde o princípio foi preciso aprender a utilizar o que estava
surgindo e como essas inovações poderiam contribuir para melhorar a vida em
sociedade. Todas essas inovações modificaram o modo como as pessoas se
comunicam, desde a descoberta da escrita até o desenvolvimento dos aparelhos
celulares que possibilitou a comunicação a longas distâncias.
Estamos atualmente na chamada Era da
globalização, da comunicação em rede onde as tecnologias digitais fazem parte
do nosso cotidiano, se tornou natural disponibilizar de um celular ou tablet
para as mais diferentes funções, tanto no trabalho quanto no lazer, pois a
utilização da Internet permite acompanhar as notícias no momento em que elas
acontecem. Dentre essas inúmeras possibilidades “nota-se a importância de
acompanhar esse ritmo de transformações agregando as tecnologias digitais e o
que elas podem oferecer em sua totalidade”. (MAYNARD, 2011, p.4)
No seu contexto singular a Internet
surge como uma proposta que pretendia interligar os pesquisadores de diferentes
institutos, ela teve seu auge no período da Guerra Fria quando funcionava como
estratégia de guerra, proporcionando essa comunicação a longas distâncias: “Em
síntese, a Internet surge de uma convergência singular; pesquisas militares, ciência
de ponta e cultura da liberdade” (MAYNARD, 2011, p.4)
Foi a partir do interesse desses grupos
que ela foi desenvolvida ganhando espaços que não eram esperados, facilitando a
comunicação e estabelecendo o que os estudiosos denominam de cultura em rede,
criando relações de contato e troca de informações.
Com seu advento e sua grande ascensão a
Internet deixou de ser hierarquizada, quando apenas pequenos grupos produziam
informações, para dar espaço aos novos sujeitos assim: “O processo de produção
de informações sofreu modificações importantes. Ele deixou de ser rigidamente
hierarquizado e agora, o receptor é também um produtor de informações” (MAYNARD,2011,
p.6) o que de certa forma amplia o acesso e até mesmo a produção de
informações, pois os sujeitos que tem acesso as redes de tecnologias também
produzem essas informações através de suas publicações, dos relatos pessoais
que compartilham e que de certa forma são reflexos da sociedade em que estão
inseridos.
Nesse sentido essa hierarquização de
informações foi sendo substituída gradativamente, dando espaço para uma
sociedade cada vez mais conectada, que além de receber informações torna-se responsável
por produzi-las, o que notamos é esse compartilhamento cada vez mais acelerado
dessas informações nos mais diversos espaços, e que esse conhecimento através
da internet se tornou acessível para os mais diversos grupos, sendo responsável
por aproximar e conectar a sociedade.
Essas modificações aconteceram com o
surgimento das redes sociais como o Facebook,
o Orkut entre outras que ofereceram
para as pessoas comuns possibilidades de produzirem informações, com o advento
mais recente de redes sociais como o Instagram e o Twitter, essa produção se
tornou mais efetiva e constante, ou seja, da mesma maneira que consomem as
informações, elas também estão inseridas no processo de produção, ampliando
esses espaços que antes eram restritos à pequenos grupos.
Dessa forma nota-se como a Internet
deixa de pertencer à um lugar fechado e restrito para alcançar diversos
ambientes, conectando pessoas e inserindo nesses ambientes um novo modo de
viver, pois não existem mais restrições e sim pessoas interligadas, sendo cada
vez mais necessário acompanhar essas mudanças, para não ser excluído dessa
comunicação em rede, por isso a necessidade de estar inserido nesse processo.
Segundo KENSKI (2012, p.38) “as
Tecnologias de Informação e Comunicação ou simplesmente TICs transformaram o
convívio em sociedade, através delas a propagação das informações acontece de
forma mais rápida tendo um alcance maior, além de facilitar a comunicação entre
as pessoas, essas formas de interatividade criaram novos espaços virtuais onde
as pessoas precisam estar inseridas e participar ativamente”.
Esse novo cenário onde a linguagem
digital é dominante, amplia os espaços para que o conhecimento seja construído
e divulgado, assim como facilita a divulgação de diferentes culturas, criando
uma nova realidade de informações que são compartilhadas.
Nesse mundo de
transformações, as TICs apresentam-se como mecanismos de comunicação para além
do que se imaginava;
“As novas TICs
não são apenas meros suportes tecnológicos. Elas têm suas próprias lógicas,
suas linguagens e maneiras particulares de comunicar-se com as capacidades perceptivas,
emocionais, cognitivas, intuitivas e comunicativas das pessoas”. (KENSKI,
2012.p 38)
Assim as TICs desenvolvem outras funções,
não sendo apenas suportes tecnológicos, mas essa facilidade de comunicação que
trouxeram faz com que as pessoas estejam conectadas o tempo todo, essas TICs
fazem parte do ambiente familiar, social, sendo inseridas em todos os espaços,
colaborando nas relações sociais. Nesse contexto é impossível não estar ligado
à essas TICs, pelas facilidades que proporcionam.
UMA BREVE
DISCUSSÃO: USO DAS TICs NO ESPAÇO ESCOLAR.
Através das facilidades que as TICs trouxeram
foi inevitável que o espaço escolar também não fosse invadido por essas
tecnologias. Para KENSKI “Educação e tecnologias são indissociáveis” (2012, p.43)
nesse processo de interação é preciso ensinar sobre a utilização dessas
tecnologias, da mesma maneira que é possível utilizá-las no processo educacional,
aliando essas duas esferas o aprendizado dos alunos será mais eficaz, assim
para que qualquer tecnologia seja utilizada é preciso primeiro aprender como
ela funciona e quando aprendemos sobre sua utilização ela se torna parte do
nosso cotidiano.
O campo educacional ao longo do tempo apresentou
inúmeros desafios que precisam ser ultrapassados por aqueles que assumem o
compromisso com a educação, é preciso encontrar estratégias para atrair os
alunos incentivando a participação na sala de aula, proporcionando assim um
ensino de qualidade pautado na colaboração, na interação e na socialização do
aprendizado no ambiente escolar.
Nesse cenário é preciso agregar a prática
docente com as mudanças que acontecem, trazendo para o ambiente escolar aquilo
que vai colaborar no processo de ensino aprendizagem. Dessa forma as
tecnologias de comunicação adentram diversos espaços dentre eles, as escolas
trazendo consigo novas formas de interatividade.
Dentro desse contexto o surgimento das
tecnologias de comunicação se caracteriza como ferramentas importantes que
pretendem colaborar na prática docente tornando o ensino mais participativo,
pois aproxima o aluno da sua realidade trazendo para a sala de aula aquelas
tecnologias que eles convivem no seu cotidiano, através dessa interação é
possível fazer com que os alunos percebam que as tecnologias podem oferecer
diversas possibilidades além daquelas que eles utilizam como as redes sociais.
A inserção dessas tecnologias ao Ensino de
História torna-se essencial. Dessa maneira: “O que passa a ser cada vez mais necessário é
fazer uso dos recursos disponíveis a favor das estratégias de ensino, não
fazendo as tecnologias ocuparem um espaço de disputa, mas de suporte e
enriquecimento da e para a prática docente”. (GIOVANNI, 2017, p.12)
De fato, é necessário que os educadores possam
fazer dessas tecnologias suas aliadas na construção de uma educação melhor, não
criando conflitos ou mesmo impedindo a utilização pelos alunos, pois agindo
dessa forma eles serão afastados, não tendo incentivo e nem interesse pelas
aulas, é essencial utilizar todos os recursos disponíveis para proporcionar uma
educação de qualidade.
No entanto para que as tecnologias possam ser
entendidas em sua totalidade e possam colaborar no aprendizado dos alunos é
necessário que os professores tenham bem definidos os seus objetivos quanto à
utilização dessas tecnologias, pois não é apenas levar um filme para a sala de
aula ou coordenar uma pesquisa na internet que os alunos vão utilizar as TICs e
por isso a aula estará atrativa, mas para além disso é preciso mostrar que as
TICs possuem inúmeras possibilidades para oferecer, que elas podem ser
inseridas na sala de aula proporcionando a interatividade e a abordagem de
novos temas.
Em síntese: “Para
que as TICs possam trazer alterações no processo educativo, no entanto, elas
precisam ser compreendidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é
preciso respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para
poder garantir que o seu uso, realmente faça diferença”. (KENSKI,2012, p.46)
Isso exigirá uma dedicação maior por parte dos
educadores que desejam utilizar as TICs no ambiente escolar, pois além de suas
escolhas precisam compreender o que elas podem oferecer e como apresentar aos
alunos essas tecnologias especificando os objetivos e o que eles devem
procurar.
Dessa maneira aliando as TICs ao Ensino os
alunos podem perceber que através disso existe uma interação entre o aprender e
a pesquisa executada por eles, que as tecnologias que proporcionam descontração
também servem para o aprendizado em sala de aula.
Na realidade em que vivemos com as tecnologias
alcançando todos os espaços “cada vez mais,é preciso que haja uma nova escola,
que possa aceitar o desafio da mudança e atender as necessidades de formação e
treinamento em novas bases” (KENSKI,2012,p.51) assim a escola também precisa
inserir essas tecnologias para atender um público de um perfil específico,
diferente das gerações anteriores, são sujeitos que convivem com as tecnologias
de forma contínua, que tem acesso a muitas informações em pouco tempo, ou seja,
as formas de aprendizado são múltiplas, e os educadores precisam lidar com
essas transformações, construindo estratégias de aproximação com os alunos. Através disso a escola será um ambiente de
interação e cooperação, que compreende as transformações sociais e entendeu que
é preciso adaptar-se à essa nova realidade, acolhendo os alunos e tudo aquilo
que trazem consigo.
Os alunos são os principais personagens neste
cenário por isso é preciso compreender suas especificidades, entendendo a
realidade na qual eles estão inseridos e as relações que estabelecem, pois eles
se comunicam utilizando as redes sociais como forma de aproximação com os
amigos, assim a comunicação em rede da qual fazem parte é muito diferente da
geração dos seus pais quando não existiam tantos recursos, segundo GIOVANNI “Os
dados apontam um novo perfil de alunos,cada vez mais conectados uns com os
outros e dominadores do ciberespaço” (2017,p.11) é preciso acompanhar esse
ritmo de mudanças, entendendo o novo perfil dos alunos que se apresenta e que
requer estratégias específicas, para que eles não sejam criticados ou sejam
chamados de ‘alienados’ só por estarem o tempo todo na internet, estereótipos
que acabam surgindo dentro desse processo.
Na verdade, é possível trazer as experiências
que eles vivenciam para a sala de aula, como forma de contribuir nas abordagens
do professor, que consegue entender esses novos espaços que os alunos dominam e
como se comunicam com diferentes pessoas, assim podem estar mais perto e
oferecer mecanismos onde eles também podem utilizar as ferramentas de busca que
possuem para ampliar os conteúdos discutidos em sala de aula.
A partir dessa união entre a prática docente e a
utilização das TICs os alunos terão mais facilidade para aprender aquilo que o
professor ensina, sem abrir mão das ferramentas que fazem parte do seu
cotidiano, como a internet que facilita essa comunicação entre diferentes
pessoas, além de oferecer as mais diversas informações em apenas um clique. “Todavia
é preciso ter o controle da utilização dessas ferramentas em sala de aula e
como foi dito anteriormente o professor precisa ter bem definido os seus
objetivos, quando vai utilizar essas tecnologias em sala de aula para que
obtenha um bom resultado”. (GIOVANNI, 2017, p.12)
É preciso ainda verificar as informações que
estão sendo repassadas pois com o
advento da Internet e o acesso cada vez mais rápido de diferentes sujeitos à
essas redes, quando o receptor passa a produzir as informações, percebe-se uma
ampliação dos espaços assim a História passa a ser pública pois não está mais
restrita, a partir do momento que muitos tem acesso e podem produzir essas
informações existe o risco dessas notícias serem falsas, é preciso sempre
selecionar previamente o que vai ser utilizado.
Em
relação ao que seria essa História Pública alguns estudiosos a definem como
“História pública se faz para o grande público e com o grande público”
(LUCCHESI, CARVALHO,2016, p.151). Ela se concretiza a partir de vários sujeitos,
numa espécie de colaboração onde todos participam no processo de produção,
assim a História não estaria mais restrita apenas à academia mas sairia dos
muros possibilitando que o grande público tivesse acesso e fosse também sujeitos
criadores, no entanto segundo esses autores “dentro dos limites que isso
sugere, pois para se fazer uma História Pública é preciso considerar o que será
útil na informação que está sendo propagada”.
Outro aspecto importante apontado por esses
autores nesse cenário da História compartilhada é a chamada “História Digital
que está ligada à história pública, mas precisa ser analisada considerando suas
características específicas ela abrange principalmente os meios digitais” para
eles “Entendemos História Digital aqui como uma arena aberta de debates e
experimentações que envolvem a aplicação das tecnologias digitais às diversas
práticas da História” (LUCCHESI, CARVALHO, 2016, p.153)
Através da história digital a forma como os
professores ensinavam foi transformada, foi possível inserir diversas
ferramentas na sala de aula, trazendo novas alternativas no ensinar a História,
além da divulgação das informações que acontece de forma mais rápida
principalmente para a produção de trabalhos referentes ao campo do ensino que
ao serem divulgados podem colaborar na prática docente.
Dessa maneira a História Digital possibilitou
uma ampliação de horizontes, pois graças ao processo cada vez mais rápido na
divulgação, as informações alcançam os mais diferentes espaços, além de
transformar a vida dos pesquisadores que hoje podem fazer conferências online,
fazer a divulgação dos seus trabalhos em plataformas digitais, publicar os seus
trabalhos, todas essas possibilidades permitem um acesso mais rápido que antes
não era possível. Essa divulgação das informações possibilita que muitas
pessoas tenham conhecimento do que está sendo produzido na Academia.
A partir da História Digital muitas pesquisas
são divulgadas em formato eletrônico, isso também foi um grande avanço pois amplia
o acesso à essas informações, podendo ser acessadas por todas as pessoas que
tiverem interesse, ou seja, o resultado dessas pesquisas será do conhecimento
de todos e não apenas está restrito à uma área específica.
Todas essas transformações só tendem a agregar
mais recursos à prática docente, pois, o professor pode utilizar as diversas
possibilidades na sala de aula, trazendo recursos digitais, bem como sites de
pesquisas para mostrar aos alunos como essas tecnologias quando aliadas ao
ensino possibilitam uma educação de qualidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em uma sociedade cada vez mais
interligada através das tecnologias digitais é preciso repensar a prática
docente, como o ensino está sendo feito e o que pode ser melhorado com a
inserção das TICs no ambiente escolar, pois os alunos apresentam um novo perfil
sendo necessário atender a esse perfil específico.
Já não é possível realizar uma aula como
antes, devido os alunos terem um acesso cada vez mais rápido às informações,
alguns alunos consideram mais importante assistir a vídeos explicativos no youtube,
assim o educador precisa estar atento à essas mudanças para que possa se
apropriar das TICs e utilizá-las no ambiente escolar, como forma de garantir
que os alunos se interessem pelas aulas e não estejam dispersos.
É importante ressaltar que a utilização
das TICs amplia esses espaços de comunicação, estabelecendo relações entre o
professor e o aluno, que não estará distante mas poderá colaborar com as
informações que pesquisou em casa, essa aproximação tende a ser benéfica para todos,
tornando o espaço escolar em um ambiente de socialização e colaboração de
todos, deixando de ser centralizado apenas na figura do professor.
Por fim vale destacar que a inovação das
tecnologias no mundo globalizado, abriu horizontes infinitos de possibilidades
nos mais variados ambientes, e nas escolas isso não seria diferente, como
espaço de formação é preciso agregar essas tecnologias para garantir aos alunos
uma educação de qualidade, mostrando novas perspectivas para o Ensinar
História, saindo do clichê de que História é chato, é aula decorativa, mas para
além disso mostrar que é possível o Ensino de História com a utilização dessas
tecnologias. Dessa maneira apesar de todas dificuldades no ambiente escolar, o
Professor sempre pode buscar alternativas para inovar sua prática docente para
que o ensino seja de fato significativo para os alunos.
REFERÊNCIAS
Francicléia
Ramos Pacheco- Graduanda da Universidade Federal do Pará- Campus Ananindeua -
Membro do Grupo Ananins- foi pesquisadora de iniciação cientifica do projeto
“Os Sabores da Cidade: Práticas alimentares, hierarquias locais, a cozinha
mestiça e seus lugares em Belém do Pará (1850-1900) ” (2018/2019) sob a
orientação da Profa.Dra. Sidiana da Consolação Ferreira de Macêdo. É membro do
Grupo De Pesquisa da História do Abastecimento e da Alimentação na Amazônia-
ALERE. E-mail: francyramos100@gmail.com
Esse
texto é fruto de um trabalho realizado na Disciplina de Educação e tecnologias
da informação e comunicação ministrada pelo Prof. Dr. Carlos Augusto Bastos.
GIOVANNI,
Adaiane. As Tecnologias no contexto educacional e a necessidade de se
pensar.com. In:MARTINS, Cristiane Pereira, OLIVEIRA, Márcia Ramos de, MOREIRA,
Igor Lemos, MUCELIN, Patrícia Carla. História e Tecnologia: diálogos entre
pesquisa e ensino.Florianópolis: Editora UDESC, 2017,pp. 05-14.
KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias também servem
para informar e comunicar. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da
informação. Campinas, SP: Papirus, 2012 ,pp.27-42.
KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias também servem
para fazer educação. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas,
SP: Papirus, 2012 ,pp.43-62.
LUCCHESI, Anita, CARVALHO, Bruno Leal Pastor de.
História Digital:Reflexões, experiências e perspectivas. In: MAUAD, Ana Maria,
ALMEIDA, Juniele Rabêlo de, SANTHIAGO, Ricardo (org). História Pública no
Brasil: Sentidos e Itinerários. São Paulo: Letra e voz, 2016 ,pp.149-163.
MAYNARD, Dilton C.S. Memórias do Segundo
Dilúvio: uma introdução à História da Internet. Cadernos do tempo presente,
n.04, 04 de julho de 2011.
Bom dia, Francicléia. As potencialidades das TIC's são múltiplas, e como você mesmo aborda em seu texto, contribui para o estreitamento das relações entre docente e discente. Neste sentido, de que maneira você utilizaria as tecnologias em se tratando do momento atual, onde pelo menos nas escolas particulares estamos vivenciando as aulas remotas/virtuais através do googlemeet?
ResponderExcluirLidiane Álvares Mendes
Nesse contexto de Pandemia da COVID-19, as instituições de ensino encontram-se sem atividades presenciais, o que contribui para o aumento do uso de plataformas digitais, principalmente de videoconferência, em casa. Diante disso, de que maneira as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) influenciam na relação entre docente/discente e no processo de ensino-aprendizagem no ensino de História?
ResponderExcluirMaurício José Quaresma Silva
Obrigada Lidiane Mendes.
ResponderExcluirA utilização das TIC's na sala de aula como estratégia de aprendizado tende a contribuir com o processo de conhecimento dos alunos,mas no momento em que a sala de aula se tornou "virtual" é preciso considerar os diferentes aspectos que isso envolve principalmente o acesso a esses ambientes virtuais, ou seja, pensar naqueles alunos que não podem acessar, que estão sem recursos e dentro dessas limitações buscar desenvolver meios para alcançar esses indivíduos, uma das alternativas adotadas por algumas instituições foi a produção de apostilas com os conteúdos que são repassadas a esses alunos, então ao se pensar na utilização das TIC's deve-se considerar que ela deve alcançar a todos, senão acaba contribuindo para um cenário cada vez mais excludente dos alunos. A presença dessa "sala virtual" demonstra que o professor precisa se inserir nesse espaço para realizar suas aulas, com planejamento e ações coordenadas buscando se aproximar dos alunos, lembrando também que é preciso pensar nos alunos que não dispõem desses recursos.
Olá Mônica Abramchuk.
ResponderExcluirAcredito que o atual cenário deixou evidente a enorme diferença que existe no sistema educacional brasileiro, onde como você destacou algumas regiões possuem acesso as tecnologias utilizando-as em sala de aula e outros lugares que não possuem o mesmo recurso, onde o professor dispõe de suas metodologias, muitas vezes baseada na aula expositiva para poder executar sua aula. E nesses cenários tão desiguais a Educação vai encontrando seus próprios meios de ser uma ferramenta transformadora. De fato estamos inseridos na chamada "era tecnológica" e a produção de informações se tornou menos hierarquizada, mas se a cultura do Brasil é múltipla, com suas diferentes manifestações, as dificuldades no sistema educacional também se tornam múltiplas, com realidades bem distantes e completamente diferentes, ao se pensar em utilizar "salas virtuais" é preciso lançar o olhar sobre os lugares onde essa tecnologia é limitada. Analisando as possibilidades de aplicação, acredito sobretudo que falta investimento na área educacional, como um dos pilares da formação dos cidadãos brasileiros, ela ainda se encontra negligenciada e muitas vezes é colocada de lado, colocando nas mãos dos professores a responsabilidade de buscar estratégias para desenvolver a criatividade dos alunos,agregando valores dentro da realidade em que estão inseridos, ou seja, utilizando exemplos do cotidiano desses alunos para proporcionar uma educação significativa. Sabemos que existe um longo caminho para diminuir essas mazelas de desigualdade educacional e que é importante a participação e colaboração de todos.
Olá Mauricio Silva.
ResponderExcluirAs TIC's influenciaram diretamente no processo educacional,pois como principal meio onde a Educação está sendo realizada, onde o professor executa suas aulas e isso acabou gerando a produção de vídeo aulas e isso exige uma dedicação dos professores em produzir esses materiais,ao mesmo tempo essa realidade revela dificuldades existentes nesse processo principalmente na relação direta entre professor-aluno que na sala de aula poderiam tirar suas dúvidas, no meio remoto o aluno também pode ter dificuldade de concentração diante de tantas possibilidades que a Internet oferece, e de certa forma o processo de ensino aprendizagem é comprometido. Nesse sentido existem duas faces desse processo que ao incentivar atividades em meios remotos acaba revelando também a dificuldade de alguns alunos que não possuem o acesso a essas redes,para além do discurso de que é uma "era digital", de que é preciso estar inserido nesse processo,é necessário considerar as especificidades de cada realidade,se dentro da sala de aula já existe essas diferenças no aprendizado dos alunos, quando alguns alunos revelam suas dificuldades em aprender, nos meios digitais isso é acentuado onde o professor encontra dificuldades em acompanhar esse processo mais de perto. Nesse sentido a relação entre professor-aluno sofreu mudanças significativas considerando o atual cenário que estamos vivenciando.
Entendi, obrigado! Parabéns Francy pela pesquisa.
ExcluirParabéns, Francicléia, pela pertinência do seu texto, tão atual... e que nos fez perceber a necessidade de acompanhar e aproveitar essas tecnologias todas a nosso favor.
ResponderExcluirE aí fiquei pensando o uso dessas ferramentas dentro da pesquisa que você participa, “Os Sabores da Cidade: Práticas alimentares, hierarquias locais, a cozinha mestiça e seus lugares em Belém do Pará (1850-1900)”
at.te
Prof. Mayara Leal.
Olá, Francicléia! Primeiramente, parabéns pelo seu texto!
ResponderExcluirGostei bastante do seu texto, muito relevante diante de tudo que estamos vivendo.
Vc escreve da necessidade dos professores fazerem das tecnologias suas aliadas na mediação do conhecimento. No ensino superior, a EAD já faz parte do cotidiano de muitos educadores e educandos. Mas, no ensino fundamental e médio o uso das tecnologias não são muito efetivas. Penso aqui, será que todos os professores estão preparados para explorarem essas ferramentas tecnológicas como suas aliadas no processo ensino/aprendizagem?
Eliane Aparecida Miranda Gomes dos Santos.